
TRAUMA
Os traumatismos na dentição decídua ocorrem na idade pré-escolar. Nesta fase, as características comportamentais, como a curiosidade e a inquietação, levam a criança a explorar os ambientes. Como não possui coordenação motora suficiente para evitar quedas e promover a autoproteção, a ocorrência de lesões é alta. Nessa época, os dentes permanentes estão se formando e devido a sua estreita relação de proximidade com os dentes de leite, os permanentes podem ser atingidos direta ou indiretamente.
O traumatismo dentário é uma ocorrência muito frequente em crianças e adolescentes e gera um grande susto aos pais. As lesões traumáticas dentárias podem variar desde simples fraturas em esmalte até a perda definitiva do elemento dentário. Há uma predominância em indivíduos do sexo masculino, especialmente em idade escolar e em fase de crescimento, como consequência de quedas, brigas ou lutas, acidentes esportivos, automobilísticos, traumatismos com objetos e maus tratos.
Por falta de conhecimento dos responsáveis, geralmente o primeiro atendimento ocorre em prontos-socorros. O ideal é que o primeiro atendimento seja realizado de forma imediata por um cirurgião dentista e, nesse atendimento, seja realizado um exame clínico e radiográfico do paciente traumatizado para determinar o diagnostico inicial, a gravidade da lesão e o plano de tratamento. É de suma importância salientar que o sucesso do tratamento está diretamente relacionado com a rapidez e a eficiência dos primeiros socorros do paciente.
PROTETORES BUCAIS
Segundo a ADA -American Dental Association- mais de 5 milhões de dentes são avulsionados (saem completamente da boca) por ano, e a prática esportiva é responsável em média por 39% desses casos. A utilização de um protetor bucal é a melhor maneira de prevenção. Existem alguns modelos no mercado e com eles surgem diversas dúvidas. Conheça algumas características de cada um deles.
TIPO I – são protetores de estoque ou pré-fabricados: por não serem personalizados há baixa adaptação, o que pode provocar lesões aos tecidos moles e desconforto ao falar, respirar ou deglutir. São mantidos em posição pelos dentes posteriores, provocando atividade muscular constante, facilitando o desenvolvimento de doenças como DTM (disfunção temporomandibular).
TIPO II – semelhantes ao tipo I são conhecidos como “ferve e morde”. Ele precisa estar em água fervente para se tornar maleável e copiar dentes e gengiva. Além da possibilidade de queimaduras e danos às estruturas bucais, a má adaptação continua presentes nesse tipo de protetores, pois é preciso copiar estruturas adjacentes aos dentes.
TIPO III - esse tipo é customizado, confeccionado dentista a partir da moldagem ou escaneamento das arcadas dentárias em um equipamento a vácuo. Esses protetores apresentam adaptação superior ao TIPO I e II. O material utilizado Etil Vinil Acetato proporcionando melhor absorção de impacto e dissipação de forças. O protetor Tipo III não atrapalha a fala e respiração e possibilita uma customização ao gosto do atleta. Dependendo do uso tem sua vida útil reduzida.
TIPO IV - conhecidos como protetores customizados multilaminados, são confeccionados por dentistas através de um equipamento de termo pressurização. Essa técnica proporciona maior aderência e retenção entre as lâminas de E.V.A, aumentando sua vida útil e resultando em uma adaptação superior ao protetor bucal TIPO III. Tem como desvantagens o alto custo e a disponibilidade pois depende de um equipamento importado.
A maioria dos atletas profissionais e principalmente amadores não usa protetores bucais. Aqueles que o fazem compram seus protetores em lojas de departamentos esportivos e nem sempre tem a proteção desejada / adequada. É importante procurar um dentista para confeccionar um protetor bucal individualizado. Reabilitar um dente perdido ou traumatizado envolve um desgaste emocional incalculável e financeiro maior que o protetor bucal.



TIPO I

TIPO II
TIPO III

TIPO IV
